" Eu serei a chama da vida dos homens! "

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terça-feira, 27 de abril de 2010

ELVIRA PAGÃ



Elvira Cozzolino

6/9/1920 Itararé, SP
8/5/2003 Rio de Janeiro, RJ

Cantora. Atriz. Vedete. Compositora.

Irmã da cantora Rosina Pagã. Sua família mudou para o Rio de Janeiro quando ela ainda era criança. Estuou com a irmã no colégio Imaculada Conceição em Botafogo. Organizou com a irmã inúmeras festas das quais participavam inúmeros artistas entre os quais os integrantes do Bando da Lua. Formou com a irmã Rosina Pagã o duo vocal Irmãs Pagãs. Em 1940, se casou e encerrou a dupla com a irmã. Foi a primeira mulher a usar um biquine na praia de Copacabana, Chocou a sociedade dos anos 1950 ao posar nua e distribuir a foto em um cartão de natalEm 1935, estreou com a irmã num show de inauguração do Cine Ipanema no qual foram batizadas de Irmãs Pagãs pelo apresentador Heitor Beltrão. Atuou com a irmã na Rádio Mayrink Veiga. Ao todo gravou 13 discos com a irmã. Em 1935, atuou com a irmã no filme "Alô, alô, carnaval", de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro. Em 1936, atuou com a irmã no filme "Cidade mulher", de Humberto Porto, onde apresentaram a música título (de Noel Rosa), cantando com Orlando Silva. Ainda com a irmã, excursionou por quatro meses pela Argentina, Peru e Chile. Em 1940, casou e encerrou a dupla com a irmã. Em 1944, gravou seu primeiro disco solo, pela Continental, com acompanhamento do Conjunto Tocantins, interpretando os sambas "Arrastando o pé", de Peterpan e Afonso Teixeira e "Samburá", de Valfrido Silva e Gadé. No ano seguinte, gravou um disco com quatro músicas, fato raro na época, com as marchas "E o mundo se distrai" e "Meu amor és tu", de Amado Régis, Gadé e Almanir Grego e "Cabelo azul" e "Briga de peru", de Roberto Martins e Herivelto Martins. No mesmo ano, gravou os sambas "Na feira do cais dourado", de Nelson Teixeira e Nelson Trigueiro e "Um ranchinho na lua", de Babi de Oliveira com acompanhamento de Clauionor Cruz e seu regional.


Em 1949, transferiu-se para o selo Star e estreou com a "Marcha do ré" e o samba "Sangue e areia", da dupla Sebastião Gomes e Nelson Teixeira com acompanhamento de Sílvio César e sua orquestra. Em 1950, gravou o samba jongo "Batuca daqui, batuca de lá", primeira composição de sua autoria, parceria com Antônio Valentim. No mesmo ano, gravou os baiões "Vamos pescar", de sua parceria com Antônio Valentim e "Sururu de capote", de Ramiro Guará e José Cunha com acompanhamento do Quarteto Copacabana com Abel Ferreira no clarinete. Em 1951, gravou mais duas composições de sua autoria, o baião "Saudade que vive em mim", parceria com Antônio Valentim e o samba "Cassetete, não!" com acompanhamento do Conjunto Star. No mesmo ano, gravou no selo Carnaval a marcha "A rainha da mata", de sua parceria com Antônio Valentim e a batucada "Pau rolou", de Sátiro de Melo e Manoel Moreira.

Em 1953, foi para a gravadora Todamérica e lançou os sambas "Reticências", de sua autoria e "Sou feliz", parceria com M. Zamorano. Gravou ainda pelo selo Marajoara o samba "Vela acesa", de sua autoria, Antônio Valentim e Orlando Gazzaneo e a marcha "Viva los toros", parceria com Orlando Gazzaneo. Seu últimpo disco foi pelo pequeno selo Ritmos onde registrou a marcha "Marreta o bombo" e o samba "Condenada", de sua autoria.

Seguiu carreira como estrela do teatro de revista. Alcançou grande notoriedade, sobretudo por sua atuação como vedete, sendo considerada uma das mais belas mulheres de sua época - os anos 1940, 1950 e até começo dos 1960. A partir dos anos 1970, começou a pintar, passando logo depois a desenhar temas esotéricos em pintura. Em meados dos anos 1990, demonstrando grande instabilidade de comportamento, ao alterar momentos de euforia com rasgos de ira, recusou-se terminantemente a fazer depoimento para o Museu da Inglaterra. Passou os últimos anos de vida solitária e arredia em seu apartamento em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Sua morte somente foi divulgada pela irmã, que morava nos Estados Unidos, três meses depois de ocorrida.

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